sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Desaceleração atinge todo mundo, inclusive a China!!!!!

A atividade manufatureira está se contraindo na Europa e na maior parte da Ásia. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da China mostrou que a atividade fabril do país encolheu em novembro pela primeira vez em quase três anos, ao mesmo tempo que um indicador similar mostrou que o crescimento fabril da Índia desacelerou para perto de zero.


O vice-ministro de Finanças chinês, Zhu Guangyao, declarou que a economia mundial enfrenta uma situação pior que a de 2008, quando o banco norte-americano Lehman Brothers foi à falência.

“A atual crise da dívida, em alguma medida, é mais séria e desafiadora do que a crise financeira internacional que se seguiu à queda do Lehman Brothers”, disse Zhu. “É profundamente importante para os países ao redor do mundo trabalharem juntos no espírito de cooperação no mesmo barco”, acrescentou. O índice PMI da Federação Chinesa de Logística e Compras caiu a 49 em novembro, 1,4 ponto abaixo de outubro. Uma cifra inferior a 50 implica em contração da atividade. A taxa de crescimento no último trimestre recuou para 6,8%.

A leitura final do PMI manufatureiro da Zona do Euro também foi ruim: ficou em 46,4, seu nível mais fraco em dois anos, com a atividade fabril nas duas maiores economias, Alemanha e França, enfraquecendo-se. O indicador que mede a velocidade das fábricas do Reino Unido também caiu para seu menor nível (47,6) desde junho de 2009, evidência adicional de que a economia britânica trafega em território perigoso. “O motor industrial saiu de funcionamento”, observou o economista sênior da Markit Rob Dobson, que faz a compilação das pesquisas.

Contágio

Esse tem sido o cenário de boa parte do mundo desenvolvido há vários meses, com exceção da safra de notícias melhores dos Estados Unidos. Mas a desaceleração, agora, parece estar se espalhando para as locomotivas econômicas do mundo em desenvolvimento.

China e Brasil afrouxaram a política monetária na quarta-feira. Isso veio com a ação coordenada dos maiores bancos centrais do mundo para tentar impedir outra crise de crédito, por meio da redução do custo das linhas de liquidez de swap (troca) em dólar. “É o desmonte de uma bolha de dívida de 20 anos”, disse o economista financeiro global do Commerzbank Peter Dixon. “Será assustador e desagradável. O que os formuladores de políticas estão visando é uma suavização do ritmo.”

Depois da falência do Lehman, os países do G-20 prometeram trilhões de dólares para impulsionar o crescimento e salvaguardar as instituições financeiras, e os bancos centrais cortaram as taxas de juros para mínimas recordes. Mas elas ainda estão próximas de zero nos Estados Unidos, no Japão e na Grã-Bretanha, e as finanças públicas se deterioram ao redor do mundo, deixando menos espaço para conter um vendaval europeu. Mercados emergentes de crescimento rápido, como China, Brasil e Índia, lideraram a recuperação em 2009, e seguem crescendo mais rapidamente que a maioria das economias desenvolvidas. Mas eles não estão imunes à demanda fraca da Europa e dos Estados Unidos.

Fonte: Correio Braziliense

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