sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sem licença para o Natal, operários da usina de Belo Monte iniciam greve!!!

Trabalhadores do canteiro de obras em Vitória do Xingu (PA), onde está sendo construída a usina hidrelétrica de Belo Monte, iniciaram greve nesta sexta-feira (25) por melhorias nos salários e condições de trabalho. Atualmente o piso pago aos funcionários é R$ 900, considerado abaixo do mercado. Eles afirmam que também não terão permissão para passar as festas de fim de ano com suas famílias, no recesso entre os dia 22 de dezembro e 05 janeiro. O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pela obra, determinou como folgas apenas os dias 25 de dezembro e 1° de janeiro.
O contrato entre trabalhadores e o CCBM prevê dispensa a cada seis meses, mas os operários exigem mudança para três meses.
Os trabalhadores também denunciam precariedade nas condições de trabalho e alimentação. Cerca de 200 dos 1.800 trabalhadores passaram mal e tiveram intoxicação alimentar por conta de comida estragada distribuída na obra. No canteiro Palmital, que também faz parte do complexo, outros cinco trabalhadores tiveram indisposição. Parte dos operários seguiram para o Hospital Regional da Transamazônica, localizado em Altamira (PA).
Dos quatro canteiros do complexo, apenas Santo Antônio mantém a greve --o restante deve continuar com as obras. Na próxima segunda-feira (28) está prevista uma reunião entre trabalhadores e representantes do CCBM para decidir os rumos da paralisação.
A última greve ocorreu no último dia 12 de novembro, na ocasião, segundo depoimento de alguns funcionários, 170 empregados foram demitidos e escoltados por 15 homens da Polícia Militar, acionada pelo CCBM.
De acordo com o consórcio responsável pela obra, a manifestação reuniu 40 dos 1.800 trabalhadores do canteiro, mas a empresa decidiu suspender os trabalhos na área por questões de segurança. Ainda segundo o consórcio, nos dois outros canteiros de obras da usina o trabalho segue normalmente.

O grupo de empresas, liderado pela construtora Andrade Gutierrez, argumenta que está discutindo a data base dos trabalhadores com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada e Afins do Pará (Sintrapav-PA) e que o prazo das negociações ainda não está encerrado.
 
*Com informações da Agência Brasil

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