terça-feira, 1 de março de 2011

As idas e vindas do futebol brasileiro!!!!

      Já faz certo tempo que tenho escutado e observado todo desenrolar desta briga política entre CBF, Clube dos Treze e Globo. Estes fatos me fizeram refletir e opinar na busca de tentar entender o que está se passando. Recentemente o Senhor "Todo Poderoso" Ricardo Teixeira, presidente da CBF oficializou o Flamengo como campeão em 1987 junto com o Sport. Não vou me ater a estes fatos passados, pois já culminaram com uma decisão transitada e julgada pela justiça em favor do Sport fazendo com que a decisão da CBF seja meramente política. Aterei-me sim, aos fatos que se passam por trás desta decisão.

    Há muito tempo que no Brasil se sabe dos monopólios midiáticos que existem, mais muito se faz para abafar. A dona do poder, a rede Globo de televisão estimulou e causou em 1987 o racha entre os clubes e a própria CBF o que culminou na criação do Clube dos Treze e também num campeonato chamado de Copa União, que foi financiado pela rede Globo. Com o passar do tempo houve um fortalecimento destes clubes e desta liga sempre patrocinada pela Globo.

     Acontece que alguns clubes dissidentes querem manter a Globo com os direitos de transmissão em função desta ter oferecido mais vantagens. Este racha acentuou – se com a última eleição vencida por Fábio Koff no clube dos treze, tendo ele derrotado o candidato Kléber Leite que era apoiado pelo Srº Ricardo Teixeira e por Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, que pleiteia ser presidente da CBF assim que Ricardo Teixeira assumir a FIFA, tanto que ele foi o primeiro a romper com o C13.

    De certo, a livre negociação pelos direitos de transmissão do futebol brasileiro seria o mais justo, e vou mais além, deveria haver liberdade para transmissão de todas emissoras que quisessem retransmitir pagando cotas de televisionamento. O que não pode é um emissora querer ditar todo processo passando por cima da lei, criando rachas, tentando de toda forma manipular os clubes. Sabendo que existe intenções da própria mídia de determinar no máximo 5 ou 6 clubes com força no Brasil, enquanto o restante ficaria na periferia futebolística. Se observarmos bem, hoje no mundo, ocorre isto, como na Espanha, por exemplo, onde Barcelona e Real Madrid possuem uma cota 4 vezes maior que os outros times. Este hiato no Brasil ainda vai ser maior, pois os times do Nordeste, Norte e Centro – Oeste que já são excluídos deste processo, com raríssimas exceções, irão a falência. Com exceção de Pernambuco e Ceará, os outros estados do Nordeste têm times do Sudeste brasileiro como maiores torcidas, até porque “a senhora rede Globo” transmite jogos dos grandes times brasileiros. Isto é bastante preocupante, pois buscasse na verdade um verdadeiro cartel, seguido de monopólio, numa pseuda globalização interna, se é que é possível.

    Está mais do que na hora da moralidade e da ética prevalecerem e da igualdade que existe constitucionalmente ser posta em prática. Nesta história quem sai perdendo é o torcedor que fica a mercê das decisões transloucadas e imperiais de clubes individualistas, de uma emissora golpista e de um presidente da CBF que acha que manda no futebol e pode determinar o que quiser. Espero sim, inclusive, que o Ministério Público Federal se posicione e que haja uma auditoria na CBF, para que estas imoralidades no futebol brasileiro acabem.


Por Fábio Emmanuel

Professor de História, Diretor do SINPRO - PE e Coordenador da Fração do Pc do B no SINPRO - PE

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