segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Saúde do professor esta no limite!!!!!




Há muito se debate sobre condições de trabalho, qualidade de vida e saúde do professor, mais poucas são as conclusões dos males que são causados, apenas se sabe que o professor, principal engrenagem da educação, esta adoecendo fisicamente e psicologicamente, o que causa sérios transtornos na qualidade da educação de um modo geral. Isto se deve, na prática, a exploração muitas vezes desumana a nós professores, que temos de cumprir jornadas de trabalho exorbitantes, sem condições de trabalho e com uma remuneração abaixo do digno a esta categoria tão importante na sociedade.
Diante destes fatores, várias pesquisas têm sido feita em busca de identificar que males acometem o professor, além de descobrir suas origens. A partir desta identificação fica mais fácil entender porque uma classe tão importante tem adoecido constantemente. Em diversas fontes pôde observar que doenças como estresse, Lesão por esforço repetitivo, problemas nas cordas vocais e síndrome de Burnout tem sido os males que o professor tem adquirido no ambiente de trabalho. Claramente alguns fatores disseminam estas doenças psicológicas e físicas, que acarretam conseqüências ruins na qualidade de vida do professor.
Mais, o que leva o professor a desenvolver tais males supracitados? Claro que chegar a uma conclusão é preciso ter base, e assim pudemos identificar as causas e conseqüências das principais doenças desenvolvidas no professor em seu ambiente de trabalho. Entre as maiores causas está a grande jornada de trabalho do professor do setor privado de educação. Vale lembrar que somos horistas e não mensalistas, ou seja, recebemos nosso salário por hora aula trabalhado, o que nos leva muitas vezes a trabalhar os três turnos para perfazermos um salário decente; outros fatores também desencadeiam esta série de males como: a falta de horário para a refeição do almoço, em virtude de termos de sair de um estabelecimento educacional para outro e portanto ocorre uma má alimentação; não temos direito a uma formação continuada, já que pela convenção coletiva de trabalho toda vez que formos nos qualificar só teremos direito a um licença não remunerada; A atitude dos donos de escolas que tiram a moral do professor perante a comunidade escolar, o que caracteriza claramente um assédio moral, que consequentemente leva ao desenvolvimento de doenças psicológicas; uma hora aula que varia aqui em Pernambuco de R$4,43 até R$ 5,82, sendo uma das piores do Brasil. Isto leva o professor a ter que se submeter a trabalhar os três turnos para receber uma remuneração ainda insuficiente para tentar sobreviver. Assim, percebe – se uma clara exploração do trabalho docente que tem levado os professores a uma vida de má qualidade e consequentemente ao desenvolvimento de doenças que acabam por tirar a nós professores de sala de aula ou fazer com que nosso desempenho esteja aquém do ideal.
Como prevenir ou tratar os problemas de saúde dos professores é uma discussão que vem ocorrendo em diferentes níveis. Claramente a prevenção é o melhor caminho. O problema é que toda comunidade escolar precisa estar convencida disto, a começar pelos patrões que olham o professor como um produto de reposição num supermercado e portanto só se preocupam, se nós estamos cumprindo o horário ou o conteúdo programático estabelecido num  planejamento que muitas vezes vem pronto da direção para sermos então meros repetidores de conhecimento e não, construtores do saber. Os pais e os alunos precisam também entender que somos humanos e temos nossas limitações. A partir disto a direção do SINPRO – PE com sua gestão RENOVAÇÃO E LUTA sugere que algumas atitudes de prevenção têm de serem feitas: apoio ético e moral, além de irrestrito a nós professores por parte dos patrões; formação continuada com direito a licença remunerada, além de incentivo financeiro decente por titulação; hora aula decente, com direito a horário de almoço; boas condições de trabalho; dispor de horários para estudo e lazer; participar ativamente da construção do projeto pedagógico da escola; manter a indisciplina dos alunos sobre controle, e para isto ocorrer os patrões não podem tirar a moral do professor perante a comunidade escolar; bem como garantir que direitos fundamentais como FGTS, INSS, salários pagos e outros, não sejam descumpridos por parte dos patrões.
Acreditando que podemos avançar nesta luta, mais uma vez insistimos na necessidade de melhores condições de vida ao professor, bem como e, consequentemente, que nossa saúde esteja equilibrada para que possamos ser esta engrenagem  fundamental na educação. Desta forma estamos lançando esta campanha de saúde com o seguinte mote: “COM A SAÚDE DO PROFESSOR SEMPRE EM RECUPERAÇÃO, A EDUCAÇÃO ESTÁ REPROVADA”.


Por Fábio Emmanuel
Professor de História 
Diretor de comunicação do SINPRO - PE

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